quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Pai de aluna morta recolhe mecha de cabelo da filha de recordação



O pai da estudante Suênia Sousa Farias, 24 anos, morta nesta sexta-feira pelo seu professor de Direito, Rendrik Vieira Rodrigues, recolheu na noite deste sábado uma mecha de cabelo da filha, velada desde as 18h no cemitério de Taguatinga, na região metropolitana de Brasília, para guardar a lembrança da caçula que sonhava em ser delegada de polícia.

Sinval Farias chegou a passar mal enquanto rendia as últimas homenagens à filha e foi amparado por familiares. Viúvo há cerca de sete anos, o pai recolheu parte do cabelo da filha e, pressionando-o contra a mão, lamentava o destino que a estudante tinha encontrado.

Amigos e familiares de Suênia chegaram aos poucos à capela de número 2 do cemitério de Taguatinga.

"É difícil de acreditar. Ela era batalhadora, sonhava muito alto e iria muito além se ele não tivesse tirado a vida dela", lamentava a prima da vítima, Graciele Gomes.

De acordo com a Polícia Civil, a estudante foi abordada pelo professor na saída da aula desta sexta-feira, e ambos entraram no carro da vítima. Ainda conforme relato da polícia, Suênia teria ligado para o marido afirmando que reataria o relacionamento com o professor.

Desconfiado pelo tom da voz da esposa, o marido, Hélio Prado, registrou um boletim de ocorrência na 12ª Delegacia de Polícia. Enquanto estava em poder do professor, Suênia foi baleada três vezes, Rendrik se entregou ainda nesta sexta na 27ª Delegacia de Polícia, no Recanto das Emas.
 

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