Agentes de saúde teriam recebido o valor sem cumprir a carga horária
O Ministério Público de Leopoldina investiga a denúncia de irregularidades no pagamento de hora extra a servidores municipais. Agentes de saúde teriam recebido o valor sem cumprir a carga horária.
O caso foi relatado em julho ao promotor Sérgio Soares da Silveira. Segundo a denúncia, cerca de dez agentes de saúde do município teriam recebido nos contra-cheques 60 horas extras sem cumprir essa carga horária. Eles teriam cometido as irregularidades com o consentimento do coordenador do serviço de endemias da Prefeitura, Guilherme Peres.
No procedimento, que ainda está em fase de investigação, o promotor vai apurar ainda se o coordenador também recebia uma parte desse dinheiro pelas horas extras, repassado aos funcionários. Pelo contrato, os agentes têm uma carga de 40 horas semanais, com salário de cerca de R$650, que poderia ser acrescido de pouco mais de R$200 se cumpridas 60 horas extras por mês. Nos próximos dias o promotor pretende ouvir outros 12 depoimentos.
Na Prefeitura foi aberta uma sindicância para apurar a denúncia que chegou ao Ministério Público. Outra decisão foi afastar o coordenador de endemias por tempo indeterminado.
De acordo com o secretário de Administração, Ricardo Ávilla, Leopoldina, que atualmente tem cerca de 52 mil habitantes, conta com apenas 28 agentes de saúde para combater a dengue e endemias provocadas por escorpiões, cobras e ratos. Segundo ele, é inevitável que o servidor trabalhe além da conta num município que teve uma epidemia de dengue nos cinco primeiro meses do ano. Ainda assim, o caso está sendo investigado pelo Executivo.
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