Greve dos professores vai parar no Ministério Público
O apelo é resultado da preocupação dos pais com o rumo do movimento, que começou dia 8 de junho
Passeata dos professores estaduais pela Região Central de BH para pressionar a negociação
O presidente da Federação das Associações de Pais e Alunos das Escolas de Minas Gerais (Fapaemg) entrou nesta sexta-feira (5) com uma representação no Ministério Público (MP) contra a greve dos professores da rede estadual. O apelo é resultado da preocupação dos pais com o rumo do movimento, que começou dia 8 de junho. O objetivo é “provocar” o MP para solucionar o impasse. Na próxima terça-feira (9), às 9 horas, os professores realizam nova assembleia para decidir se irão manter a greve.
Segundo Assis, a principal preocupação dos pais é com relação ao Enem, que será realizado em outubro e vale como primeira etapa para o Vestibular da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e de outras instituições, no final do ano. “Eles reclamam também de não terem com quem deixar os filhos. Há pais mais carentes que desabafaram que a merenda servida nas escolas contava como refeição para os filhos”, diz Assis.
O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE) preferiu não comentar o assunto antes da próxima assembleia. De acordo com a assessoria de imprensa do MP, o pedido foi encaminhado à Promotoria da Infância e Juventude e só será comentado após análise. A Secretaria de Estado de Educação informou, por meio da assessoria de imprensa, que só irá se pronunciar após ter conhecimento do teor da representação.
Dando continuidade ao movimento, nesta sexta-feira (5) cerca de 200 professores foram até a porta de agências do Banco do Brasil, na Avenida Vilarinho, em Venda Nova, panfletar. Mas o que mais chamou atenção foram os cofrinhos que eles carregavam e o pedido de R$ 1 como contribuição ao que chamam de salário de miséria. “Foi a forma que encontramos para alertar a sociedade. Nosso salário é de fome e o Governo mente para a mídia”, diz a professora de Biologia Idalina Franco.
A greve completou nesta sexta-feira 34 dias efetivos sem aula (descontando fins de semana, feriados e férias). O desespero dos pais é tão grande que já há casos de pedidos de transferências de estudantes para a rede particular. Especialistas em educação, entretanto, não aconselham a mudança, uma vez que o estudante precisa de um tempo para se adaptar à nova realidade. O conselho é para que os alunos estudem em grupos e, se possível, com a presença de professores particulares.
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