quinta-feira, 12 de abril de 2012

LIBERDADE‏

Liberdade

A busca da liberdade sempre foi uma constante na história da raça humana. 
 
Ela compõe o conjunto dos elementos que habitualmente se imagina sejam necessários ao bem-estar das criaturas. 
 
Parece de pouca serventia possuir alguns bens, da espécie que sejam, sem a liberdade de desfrutá-los. 
 
Para ser livre, muitas vezes o homem trilhou caminhos tortuosos. 
 
A maioria das revoluções foi levada a efeito sob o pretexto de livrar os povos de tiranos que os subjugavam. 
 
Contudo, tão logo instaurado o novo regime, os revolucionários geralmente trataram de impedir com violência quaisquer manifestações contrárias as suas idéias. 
 
Em nome da conquista e preservação da liberdade coletiva, muitas atrocidades foram cometidas. 
 
No mundo atual, com os valores em constante mutação, ser livre persiste como uma meta a ser atingida. 
 
Mas resta saber se o que o ser humano está vivendo realmente possui o condão de libertá-lo. 
 
Com freqüência, ouve-se que determinado homem ou mulher é ‘liberado’. 
 
Mas, curiosamente, isso não tem o sentido de que a pessoa em questão livrou-se de uma enfermidade, de um vício, ou então pagou uma dívida. 
 
Não se trata, em geral, de alguém alforriado de uma situação penosa, à custa de esforço, trabalho e talento. 
 
O vocábulo costuma referir-se antes à perda da vergonha e do pudor, à deserção de compromissos assumidos. 
 
Ser livre, nesse contexto, possui o estranho significado de vivência desequilibrada da sexualidade, do cultivo de vícios que podem destruir a saúde física, mental e emocional. 
 
Ocorre que afrontar a sociedade, sem qualquer finalidade superior, não possui o condão de libertar ninguém. 
 
Chafurdar em vícios e desatinos também está longe de ser conduta libertadora. 
 
Em um mundo massificado, é compreensível as pessoas desejarem distinguir-se de algum modo. 
 
Contudo, há maneiras muito mais nobres de conseguir isso do que pela adoção de comportamentos exóticos e chocantes, mas estéreis. 
 
Por exemplo, a prática das virtudes cristãs, como a caridade, a humildade e a pureza, é sempre um fator de distinção. 
 
Por mais que seja dúbio o significado da expressão ‘liberdade’, ela com certeza não se identificam com a adoção de hábitos que conduzem à doença e à desarmonia. 
 
Jesus afirmou que o conhecimento da verdade nos libertaria. 
 
De fato, uma compreensão mais aprofundada das leis da vida, ao despir o homem de suas ilusões, livra-o da mesquinhez, do egoísmo e do orgulho. 
 
Como esses vícios são os que tornam mais penosa a convivência na Terra, sua ausência implicaria em imediato acréscimo de bem-estar para todos. 
 
Tendo em vista que a árvore se identifica pelos seus frutos, a liberdade sob esse prisma é algo muito desejável. 
 
Assim, ao buscar sua liberação, reflita sobre o que ela significa. 
 
Não confunda liberdade com libertinagem, nem felicidade com deserção do dever. 
 
No con vívio familiar ou social, é impossível ser totalmente livre. 
 
Os seus direitos terminam onde começam os direitos do seu próximo. 
 
A completa libertação possível é a das paixões, dos instintos inferiores, que tanto infelicitam a humanidade. 
 
Ao traçar as metas de sua vida, busque antes libertar-se da dor e do desequilíbrio. 
 
Para tal, um padrão de conduta reto e equilibrado, marcado pelo bom-senso, sempre será o melhor roteiro. 
 
Pense nisso.

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